terça-feira, 9 de outubro de 2012

Música



A palavra música vem do grego e significa "arte das musas", que, na mitologia grega representavam seres celestiais, divindades que inspiravam as artes e as ciências. Segundo a mitologia grega, os seres celestiais eram nove, são eles:
1. CALÍOPE - da poesia épica. 

2. CLIO - da história. 
3. ERATO - da poesia amorosa. 
4. EUTERPE - da poesia lírica e da música, chamada a "que dá prazer" e representada com a flauta dupla - diaulo. 
5. MELPÔMENE - da tragédia. 
6. POLÍNIA - dos hinos sacros 
7. TÁLIA - da comédia 
8. TERPSICHÔRE ou TERPSICHORE - da dança e do canto coral, chamada "a bailarina" e representada com a lira e o plectro. 
9. URÂNIA - da astronomia.

Existem três lendas sobre a origem da lira. A primeira lenda diz que num determinado dia, o nobre e belo deus Apolo passeava pela praia, quando deu com o pé no casco de uma tartaruga que estava com as tripas secas e esticadas. Apolo percebeu, então, que fazendo vibrar as tripas, produzia-se som, originando assim a lira grega. A segunda lenda nos diz que Apolo atou algumas cordas de tripa aos chifres de um boi e, desta forma, ter-se-ia originado a lira. Efetivamente havia liras em forma de chifres de boi. A terceira lenda nos conta que, Apolo, saiu um dia para caçar junto de sua irmã Diana e, notou que toda vez que sua irmã atirava com seu arco, a flecha ao ser solta, produzia sons. Por isso, Apolo teria pensado em fazer instrumentos de cordas.
Orfeu, filho de Apolo, era deus da música e da poesia e, segundo a lenda, quando tocava sua lira, encantava até os animais. Do nome Orfeu deriva-se a palavra "orfeão".
O filósofo Pitágoras (século VI -V a.C.) descobriu a relação matemática dos principais intervalos da escala musical: a oitava, expressão pela relação 2:1, a quinta, expressão pela relação 3:2, a quarta, expressão pela relação 4:3, bem como a do tom maior, expressão pela relação 9:8, que exprimiria a diferença entre a quinta e a quarta.
Aristóxeno (nascido entre 375 a 360 a.C. em Tarento), outro filósofo, discípulo de Aristóteles, é considerado o maior teórico da antiguidade helênica; escreveu tratados sobre elementos da harmonia e do ritmo. 

Assim, percebemos que as referências sobre a arte musical grega são encontradas na mitologia, em relíquias, tratados teóricos, obras filosóficas e memórias históricas.
Constata-se que a música estava presente na Grécia em todas as manifestações da vida pública, tais como festas religiosas ou profanas, jogos esportivos, teatros, funerais, e até em guerras.
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A música na Roma Antiga

O povo romano era um povo guerreiro e, pouco se desenvolveram artisticamente. Não ligavam muito para a arte musical, se preocupavam mais com os constantes combates para a conquista de outros povos. O desenvolvimento artístico romano só começou em 146 a.C. com a subjugação da Grécia, ficando bem expressa pelo famoso poeta, Horácio, que naquela época dizia: "A Grécia vencida, subjugou o fero vencedor com a fascinação da sua arte". A arte em Roma foi totalmente influenciada pela Grécia, de onde vieram os artistas, os instrumentos musicais e, até a moda. De 54 a 68 da era cristã, a arte musical tomou certo impulso. Nero, o vaidoso Imperador de Roma, era também compositor e tocava lira, instituiu a "claque" - pessoas contratadas especialmente para o aplaudir nos teatros.
Os instrumentos mais usados pelo povo romano eram a cítara e a lira grega, embora, já conhecessem os instrumentos dos povos orientais. 

A chegada do cristianismo fez acontecer muitas e, profundas alterações no Império Romano. Por isso, nos primeiros séculos, os cristãos foram seriamente perseguidos, pois, a nova doutrina religiosa era considerada subversiva e perigosa à segurança de Roma.
Nesta época, uma nobre e jovem romana cantava acompanhada por algum instrumento musical da época, era Santa Cecília que por ser cristã e ter induzido o esposo, o príncipe Valeriano, e o irmão, à nova religião, sofreu martírio e foi decapitada em 178 na Sicília. Em 812, foi encontrada pelo papa Pascoal I com seu corpo conservado intacto. Foi canonizada e é a padroeira dos músicos e da música sacra. Para a Igreja Católica Apostólica Romana, o dia 22 de novembro é, liturgicamente, consagrado a Santa Cecília.
Os cantos dos primeiros cristãos derivam de melodias hebraicas, gregas e romanas. O imperador Constantino concedeu liberdade aos cristãos a partir de 313 e, assim progridiu o canto religioso.
Santo Ambrósio, que foi bispo de Milão de 374 a 379, organizou o canto em sua diocese e introduziu o hino de ação de graças que, posteriormente, se transformou em uso generalizado, como o Te Deum.
De 590 a 604, São Gregório Magno foi o papa e, estendeu a toda a Igreja o que Santo Ambrósio realizara em sua diocese. Coordenou também, os cantos litúrgicos, hinos e responsórios, agregando alguns novos de sua própria autoria, em um livro chamado Antifonário. Fundou, ainda, a primeira escola de canto a Schola Cantorum. Em virtude de seu nome, o canto cristão passou a se chamar Canto Gregoriano que tem como características principais: monodia (canto a uma voz), diatonismo, ritmo livre e texto em latim. Em português também é conhecido com a denominação de cantochão por ser um canto plano, isto é, melodia monótona e de pouca extensão vocal.
Bibliografia:
Ellmerich, Luis - História da música. 
Lovelock, William - História concisa da música. 
Carlson, Richard; Shield, Benjamim - De corpo e alma. 

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